A principio, é necessário que possamos compreender que essa questão dos muros vai muito mais além do que apenas a autopreservação do país que opta por esta medida. A maioria dos governantes atuais que aderem a essa ideia defende a necessidade de se auto protegerem, mas é preciso nos questionamos: "Proteger-se do quê?", claramente a resposta mais superficial é a mais popularizada: proteger-se de possíveis ataques e influências prejudiciais. Mas, destaca-se que vai muito mais além de apenas isto.
Ao afirmar que toda complexidade que há entre a criação de muros é algo muito maior do que dizem, deixamos a entender que possa haver a presença de uma certa seletividade, uma vez que esses muros não impedem a entrada de estrangeiro, e, também precisamos considerar que não é como se esses muros garantissem a melhor segurança do mundo ao povo, pois ter um "pouco" mais de recursos tornaria "fácil" a invasão nesses territórios. Ou seja, a medida acaba tendo com real função impedir a entrada daqueles que tenham menos recursos, seja para entrar legalmente, ou, com a presença dos muros de forma clandestina. Dessa forma, percebemos que os muros acabam por serem um grande empecilho a famílias que tinham o hábito de transitar entre esses países interligados como forma de evoluírem, interagirem, exercerem funções, aproveitarem certas oportunidades de ascensão no território vizinho, de uma forma justa.
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Foto: Alfredo Estrella/AFP
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